Mendes ( Intertextualidade: Noções Básicas) diz que a “identificação da intertextualidade depende da extensão da leitura que se tenha.” Isto me faz refletir que quando eu li aos 19 anos, Capitães da Areia do autor Jorge Amado, e o Cortiço de Aloísio de Azevedo, comparei os personagens dos respectivos livros com a família de Dona Lola. Enfim, o meu primeiro livro que li, Éramos Seis, me deu embasamento para mergulhar no universo de Jorge Amado e Aloisio de Azevedo e comprender os diferentes mundos literários. “Quanto mais lermos, mais nos será possível percebermos a presença de uns textos em outros e maior será a nossa comprensão.”
A intertextualidade nos leva a comprensdeer o mesmo texto de várias maneiras. Podemos transformar o texto de Dupré em teatro e, fazer do romance de Dona Lola, uma leitura diferente. Com imagens, cores humanizadas em atores em um ambiente lúdico do teatro. Ou, mesmo, fazer uma peça inspirada nos textos de Jorge Amado, Azevedo e Dupré, transformando-os em um único ato.
O teatro é uma forma de interação com o mundo literário e engana-se o indivíduo que acha a literatura um ato solitário. Para Soares (Condições Sociais da Leitura), “A leitura não é um ato solitário, é interação verbal entre indivíduo”. A partir do momento em que estamos lendo uma obra literária, nossa vida social é importante para influenciar toda a leitura. Todo o discurso produzido por um leitor é importante para o seu desenvolvimento crítico. Deve-se ignorar os erros ortográficos, quando o indivíduo coloca no papel as suas experiências e idéias em relação a vida e ao mundo.
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