A novela Avenida Brasil, da Rede Globo, sem dúvida é um
sucesso nas Redes Sociais. Muito comentada no Twiiter no seu horário de
exibição e constantemente citada no Facebook, com montagens e brincadeiras. Até
a publicidade convencional se curvou ao sucesso da trama, citando a história
para que as pessoas possam usar mais o metrô para chegar mais rápido em casa e,
assim, assistir à novela. Isso em São Paulo.

Mas eu ainda estou querendo entender o sucesso de Avenida
Brasil. Sem dúvida é uma linguagem nova, que o autor João Emanuel Carneiro
trouxe, e se assemelha um pouco aos bons seriados americanos. A dose de
suspense e mistério está bem representada pelas atrizes Adriana Esteves e
Débora Falabella. O núcleo cômico é às vezes cômico, mas está na novela para
amenizar a tensão dos capítulos. Situação que faltou em A Favorita, do mesmo
autor, que inovou no horário ao trazer a vilã/psicopata Flora (Patrícia
Pillar).
Sempre escuto críticas a favor e contra. E uma delas que
incomoda muita gente é o excesso de maldade, violência e gritaria. Bom: maldade
é um dos pilares de uma história, mas se chega a incomodar alguns é porque talvez
haja um exagero. Outra crítica é interessante: fala-se que o núcleo do Divino
fala muito alto. E isso é verdade. Às vezes abaixo o volume da TV ou coloco no
mudo, quando os personagens começam a falar juntos e gritando. Mas, também, não
deixa de serem engraçadas algumas cenas. Acho que depende do seu humor no
dia...
Há muito tempo que as novelas da Globo sofrem com a pouco
inovação na história e são os bons e consagrados atores que seguram essas
tramas nas costas. Apesar de Avenida Brasil ter inaugurado uma nova estrutura
de telenovela, o tema vingança não é uma novidade. E essa “picuinha” entre as
protagonistas já está se esgotando e cansado. Se Avenida Brasil fosse uma
minissérie, com certeza a história seria bem ágil e mais atraente.
Enfim, a novela da Nina e da Carminha é um sucesso. Há boas
cenas para serem lembradas e comentadas pelos fãs de folhetim. Mas, definitivamente,
ainda está longe do patamar das saudosas histórias dos anos 70 e 80. E cito, só
para exemplo, as que usufruíam a crítica social: Roque Santeiro, Vale Tudo e
Que Rei Sou Eu? E as novelas que nos brindavam com um universo mais lúdico:
Tieta, Renascer e Saramandaia.
Enfim, agora é acompanhar o desfecho do embate Carminha X
Nina enquanto zapeamos outros programas na TV a cabo. Ou lemos um bom livro.
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